sexta-feira, 8 de abril de 2011

A primeira declaração de voto - e última!

Há dois, três dias, li num texto da Teresa de Sousa escrito no Público aquilo que, na minha opinião, podia ter sido o comportamento responsável do triângulo interveniente nesta nossa crise: Sócrates, Passos Coelho e Cavaco Silva.
O PEC IV devia ter sido viabilizado - mercado oblige - com os votos de PSD, e com o compromisso assumido de dissolução da Assembleia da República imediatamente após, e eleições. Parece que na Irlanda aconteceu uma coisa assim.
Este compromisso, se bem explicado, iria parecer a todos óbvio, e consensual. Quem dele discordasse seria fortemente penalizado nas urnas. E a Europa que hoje nos governa respiraria aliviada. Poderiamos até eventualmente escapar a Strauss-Kahn, que é como quem diz, ao FMI.
A cegueira tripartida, socialista, socialdemocrata e cavaquista, tramou-nos e bem. O FMI é, apenas e só, apertar (mais ainda) o cinto aos mesmos. Não compete ao estrangeiro vir a Portugal fazer a decapagem dos "jobs for the boys", desenganem-se. Strauss-Kahn pode ser socialista em França, mas no FMI para nada o é.
Sócrates, por outro lado, já sabemos, é o que é. Mas Pedro Passos Coelho também não sai bem nesta fotografia. Não é figurante para ser figura de um Estado que se quer digno. O nosso, por ex. A gula pelo poder, as musas neoliberais, a tentação de vender mais Portugal como se venda de garagem fosse, falaram mais alto. Este PSD em maioria absoluta - que não vai acontecer - daria que falar, e anularia o CDS por desnecessário...
Finalmente, Cavaco Silva. A ultima vez que teve um pensamento original e útil a este país foi... bom, na verdade não me lembro quando foi. A sua irrelevância confirma-se. O seu lugar na história adivinha-se cada vez mais.
Falei não há muito tempo do bloco central PS/PSD. Não estava a falar nem deste PS nem deste PSD.

Estamos bem arranjados!

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