quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Oeiras também não tem encanto.

Durante aproximadamente meio-dia, nem isso, entre uma notícia e a notícia a seguir mais coisa menos coisa, Isaltino Morais pareceu um homem sério. Nem um dia foi, nem meio-dia, nem tanto. Que teria defendido o Taguspark da PT! O valente! Um Morais com moral! Vertical!
Afinal parece que não. Sócrates tem esta sorte dos seus opositores directos serem todos bichos feios e bem feios, vidé a Ferreira Leite, a Moura Guedes, o Mário Crespo, agora o Isaltino. O povo que é povo mas não é burro, já desesper e bate com a cabeça na parede. Os pregões que vão pelo reino a levantar as gentes contra o Regedor e Cobrador de Impostos, têm três olhos, mancam das duas pernas, fedem da boca, eu sei lá! É triste sina esta!

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Cidadania?

Um AMIgo da cidadania candidata-se a Presidente da República.
Será mesmo um gesto nobre? Ou, apenas, uma preparação cuidada da reforma?
eh... eh... se a moda pega...

Tretolândia

E aqui estamos, neste Portugal / Tretolândia, sem saber a quem ouvir, seguir, prestar atenção, tão cansados, cansados sim de ouvi-los a todos, eles que são tão iguais...
Ontem vi um programa do "Plano Inclinado" do Mário Crespo, julgo que algo pretérito, onde pontuava Silva Lopes para além dos habitués Medina Carreira e João Duque. A catástrofe económica que vai vir foi repetidamente enunciada. Atrapalhou-me a unanimidade dos intervenientes. O algum alinhamento de Silva Lopes com o partido do poder não pôde evitar o seu aquiescer ao drama anunciado e iludido pelo orçamento actual.
As famosas obras públicas - TGV, Alcochete, as autoestradas... - foram repetida e também unanimemente vilipendiadas. Mário Crespo tem aquele cuidado de falar pouco - o que nele é realmente uma vantagem.
Estamos portanto fodidos e, segundo a opinião de muitos, demasiado bem pagos!
Perante isto, e o Paulo Pedroso que me perdoe, uma entrevista de um assalariado como o Dr. Proença de Carvalho, não serve como alibi para ninguém. Embora a frase "Qualquer um de nós pode dizer muita coisa em conversas privadas que pode nem ser o que realmente pensamos." - tenha toda a força e oportunidade, estamos hoje a falar de crimes maiores, muito maiores. Por mim Sócrates pode ter dito num jantar qualquer algo como: "eu por mim limpava o sebo àquele gajo" - porque sei que não passará da chalaça à prática. Sei também neste momento que o seu governo está alegremente a enterrar Portugal.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

O senhor Constâncio

A diáspora do senhor Constâncio tem dois sinais agrafados na bagagem:
- o primeiro é aquele que nos imprime alegria pelo facto de vermos o nosso "el-rei pasmado" partir para longe, sem nunca ter dado conta nem contas das trafulhices que se passaram bem debaixo do deu nariz
- o segundo é o da possibilidade das coisas serem piores, daqui para a frente.

Isto porque, em nome das nossas inconfessáveis tradições, estaremos sempre sujeitos à matança de toiros, aos governos de caca e às corrupções incastigáveis.
O senhor Constâncio tem mais dois sinais colados à consciência:
1. manteve-se sempre longe dos locais do crime
2. reviu sempre em baixa a inteligência dos portugueses

Este último é brutal. Por dois motivos:
1. na verdade, os portugueses são, de um modo geral, burros
2. ganhar a vida enganando burros, não é (não foi) difícil
Vamos lá ver, agora, senhor Constâncio. Tenha cuidado com a qualidade da palha que escolhe.


sábado, 13 de fevereiro de 2010

hum...

Não sei explicar porquê, mas os políticos que não usam óculos estão mais vezes ligados a casos de isto e a casos daquilo. Senão vejamos... hum... hum... eu não digo?

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Mas...

Esclareça-se que um gajo do Porto como o Rangel, e lembrando a camisa aberta galhardamente apresentada no Esmiuça os Sufrágios tem para já toda a minha simpatia...

Por outro lado, o menino Pedro Passos Coelho (PPC) rima-me com Pagamento Por Conta...

Paulo, Paulo, Paulo...

Ora bem, isto de confiar nos jornais para sermos esclarecidos já vai no Batalha. E agora que a confusão grassa no hemisfério laranja da vida política portuguesa, agora é que a coisa se complica - ainda mais.
Vejamos: em entrevista no Público sobre esta recente candidatura do rapaz Paulo à liderança do PSD, é atribuido ao mesmo a enumeração dos momentos em que o PSD foi fundamental para o crescimento deste fantástico país que hoje temos. Primeiro, nos anos 80, tinha sido a emancipação da tutela militar. Depois, anos 90, a "libertação da economia social de mercado" - fim de citação. Mas, por favor, alguém que me defina o que é, em Portugal, a "economia social de mercado"! Que muito má seria pois nos libertámos... dela! O "d" sendo aqui partícula do maior relevo. Não queria o rapaz dizer que a libertámos porque bem presa estava existindo ali escondida, que a pusémos à solta, que a atirámos da janela para os ares de Lisboa e arredores qual pardalito... não, não. Um tribuno europeu não seria destes equívocos. Eis senão quando, algumas colunas depois o nosso candidato aparece a defender... a "economia social de mercado", nem mais! Mas qual? A mesma? Outra? Afinal a história do pardalito era verdade? Ou nada disto assim é/foi/seria e o problema reside/iu/ia apenas no jornal que publica/ou/ava esta entrevista, confusão de cassettes, de gravação no telemóvel, se calhar, é/foi/era bem possível...
Alguém que me ajude, ou melhor, que ajude o rapaz Paulo, ou o hemisfério laranja em... questão... sendo uma hipótese...
Ah, certo! Claro que deve haver escutas desta entrevista para se apurar correctamente a verdade! Claro, claro, claro, como não me lembrei antes! É tão simples... pôrra!

Quanto foi? Ó pá foi ou 8 ou 9 por cento! Só me lembro, e aí tenho a certeza, que era vírgula três...

Talvez a malta não se tenha apercebido bem, mas o bicho europeu, manhoso e rato velho, não pode, não consegue confiar num valor (8,3%) dado por quem imediatamente antes apareceu na Praça da Alimentação do Centro Comercial Portugal com o bebé de 2009 (o dos 9,3%) nos braços, rapaz velho de um ano, e não consegue afirmar mesmo após aturada investigação que vitaminas foram tomadas, como está a moleirinha, o estado do boletim de vacinas...
Por isso quer o bicho europeu, rato velho, confirmar para esse peregrino número dos 8,3% coisas tão simples como paternidade, maternidade, peso, altura, perímetro cefálico...

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

O Pê ésse dê

Quando olhamos para a quantidade de candidatos que vão nascendo para atacar a liderança de um partido, somos levados a pensar que, a nível exclusivamente interno, algo, de muito grave, se deverá passar em termos da militância deles. E, de forma fácil, concluímos: os cromos existem. Existem, sim.

Mas... o que será que os move? Será puro amor, inocente bravura ou consciente concorrência? E eles? São tudo laranjas ou haverá algum limão, lá pelo meio?

Mas a pior das perguntas é esta: O que é que o país poderá ganhar com todos esses joguinhos de meninos-vaidosos?


Quando vemos tantos interesses em torno de um búzio e tanto desprezo pelo mar, sentimos um arrepio de fraude e conquistamos a vontade de sermos sobriamente nulos.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

The Crespo Case

Pode ser a tendência do contra, mas VPV coloca alguma água na fervura desta história do Mário Crespo. Também não percebo esta mania do PS pôr-se a perseguir pessoas que já são desgraçadas por natureza: pensemos na Manuela Moura Guedes, para começar. Ser Manuela (MG) é pedir um cutelo que nos acabe com a vida, já que somos uma prova provada, viva, de que a infelicidade toca a todos mas a uns muitíssimo mais. Nem que fosse uma sobrevivente do Haiti, para dar um exemplo drástico...
Mário Crespo nunca pontuou por ser um grande ou sequer mediano jornalista. A sua capacidade de assassinar o ritmo de um programa como o "Sixty Minutes" traduzido da SIC notícias pode ficar nos anais da má televisão. E porém...

Na prática, na prática, o que se demonstra é esta coisa de que Sócrates existe efectivamente para nos facilitar a vida, tipo: "Éh pá, eu não gosto do gajo mas já nem me lembro porquê! Ah, bom, já me lembro!..."

Ele lembra-nos com frequência o porquê...

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

BRIC

Qui a peur des BRIC ?
“Depuis quelques années, leur évolution étonne, et leur croissance économique fulgurante effraie même certains. Pourquoi les pays BRIC (Brésil, Russie, Inde, Chine) fascinent, agacent, et inquiètent à ce point ?
Le mot BRIC est un acronyme apparu pour la première fois dans une
étude de Goldmann Sachs (2003) et qui est censé désigner quatre pays à forte croissance : le Brésil, la Russie, l'Inde et la Chine. L'étude montrait déjà les effets "sismiques" du développement potentiel de ces pays dont le PIB devrait égaler le PIB du G6 (c'est-à-dire les pays les plus riches et les plus puissants) en 2025, et prévoyait qu'au même moment chacun de ces pays sera au même niveau que les plus grandes puissances actuelles.”
… … …
contre-feux.com 09/12.2009
auteur: Emmanuel Guérin


Há uma nova glaciação no caminho dos novos tempos. Não será o frio que gelará a ordem actual (normal?) das coisas instituídas. Não. Será culpa, inteira, de um catecismo que ainda não foi escrito e que, mesmo assim, já vai amedrontando infiéis e bandeirantes de sofá. Uma "bricadeira" .
Será que, daqui a uns anos, ainda se usará o USA? Será que daqui a uns anos os países do ponto "G" falarão outras línguas mais limpas, mais compridas, mais de acordo com a realidade? E o nível dos PIB, terá outros critérios e menos interesses?

Esperemos pelos novos inquilinos desta parvalheira humano-civilizada.


quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

O meu amigo Xico.

Eu disse que gostava do Xico.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Como acreditar? Como saber? (A Bela, o Monstro).

Em outros terrenos falei inda agora das mãos, suas tramas. E lembrei-me de uma aula a que assisti há muito tempo, há mais precisamente 27 anos, numa Faculdade neste país. Falava-se da "Mão". Enquanto topografia, conjunto articulado e orgânico como poucos do corpo humano, entrelaço de vasos, músculos, capas, ossículos sustentando, projectando. E gesto. Que é da mão sem o gesto que procura? Diz o jogo infantil "mão morta, mão morta, vai bater...". O professor que me deu aquela aula, deu-a quase como magistral, pois sabia-se que não ia terminar o ano lectivo mas antes prosseguir outras funções em território então português, que hoje não o é. Demitiu-se das mesmas quatro anos depois, por não se considerar talhado para "domar o tigre". Demorou portanto quatro anos a percebê-lo. Foi dos professores que marcou a minha Escolaridade. Com uma presença e uma verticalidade que me pareceu antiga, associadas a uma indisfarçável carga humanista que hoje a Faculdade que eu continuo a conhecer não tem. Um Homem, cerzido porém com algum excesso de secura. E cujo secretário nas funções que aconteceram em sequência e em aventuras posteriores enriqueceu exponencialmente et pour cause. Provas? Não as tenho, claro. Conheci um, e outro. Cheirei-lhes o perfume. A difícil, a inconcebível mistura. Não me apercebi então que, em primeira fila, assistia a um exemplo claro do Drama deste País.

Desconheço por completo que relacionamento mantêm hoje Professor e a Criatura em questão. Espero que nenhum. O Mal, entretanto, ficou feito, Q. E. D.