sexta-feira, 31 de agosto de 2012

a "rentrée" em "time out"



chamar “rentrée” a qualquer coisa que recomeça depois do verão, é um fenómeno tão “burresco” e tão “broeiro” que chega a parecer uma enorme senilidade consentida, que não passa de moda, que não desaparece, que não evolui e que não tem outro propósito que vá para além da banalização do título fácil que se estende a toda a imprensa, desde a cor-de-rosa à cor-de-cravo.

desta vez foi a revista “time out” (coitadinha) que se assumiu como mais uma voz da popularidade grosseira e instituída e buscou para a sua capa a promessa de uma “rentrée” com imperdíveis na barriga.
(neste caso, temos um título sobre concertos a precisar de um outro conserto... mais português).

se a ideia de utilizar esta palavra, nesta revista, veio das lisboas (que é de onde vêm todas as decisões) ou nasceu cá pelo porto, é uma  coisa que não interessa para nada, mas que foi uma ideia foleira… isso foi, sim senhores.

estas coisas de "rentrées" devem ser deixadas para quem sabe e para quem as merece (como é o caso de portas, coelhos, seguros, jerónimos e companhias limitadas e ilimitadas).
a estes, fica-lhes muito bem o "franciú" espampanante do termo que, para o "ti jaquim de santo antoninho das hortaliças", soa a brilhantismo de doutores.

é muito melhor, para as pessoas de bem, aguardar a REENTRADA das coisas e das pessoas boas, sejam- eles ou elas- concertos, peças de teatro, livros e filmes novos ou, simplesmente, de gente que nos diga ou nos acrescente, alguma coisa que valha a pena.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Porque interrompe um Presidente da Republica as férias?

O nosso é para algo muito importante como inaugurar o HPP de Albufeira. Nada mais mereceu ao nosso Presidente um interromper de férias.

Venha a BBC e o Fernando Pessa!

Há umas horas assisti à subida ciclista - na Volta a Portugal - ao alto da Torre. O camisola amarela, Hugo Sabido, foi literalmente levado ao colo até lá cima pela sua equipa, para conseguir ficar apenas a 8s do simpatiquíssimo galego David Blanco.
Tal este governo - e arredores - com Miguel Relvas. E então, ontem, António Borges lançou para o ar - na TVI, calha... - a hipótese do fecho da RTP2 (e ouvi bem, da Antena 3?) e da concessão da RTP1 a privados. António Borges adora ser "o outro", pois assim acaba por ter ainda maior protagonismo, sem futuro sufragar eleitoral. É um rapaz "americanizado", como o são aliás Vitor Gaspar e o Álvaro-não-sei-quê. Nos USA há o PBS e a NPR, serviços públicos pelo que sei correspondendo a uma espécie de RTP2 e Antena1. Uma vez mais os nossos governantes e equiparados querem ultrapassar pela direita as exigências da troika. Este é um governo de extremistas que se julgam iluminados.
Fechar a RTP1 não me deixa qq saudades. A famosa taxa audiovisual por mim deve servir para manter a boa rádio pública que temos e fornecer fundos para uma RTP2 algo "insuflada" e melhorada e acrescentada com alguns pedaços da RTP1 que minimamente se aproveitem. E assim cumpre-se a Constituição. Se há espaço para vender a licença da 1 aos privados, o mercado que decida.
Se não há vontade política para fazer assim então concessione-se por ajuste directo à BBC - ei, nada de pruridos, o ajuste directo dr. Vitor Gaspar é tão frequente no seu ministério... - após uma palavrinha ao amigo Cameron, e à RTP pode passar a chamar-se PBC - Fernando Pessa's channel! Foda-se, e esta, em?