chamar “rentrée” a qualquer coisa que recomeça depois do
verão, é um fenómeno tão “burresco” e tão “broeiro” que chega a parecer uma enorme
senilidade consentida, que não passa de moda, que não desaparece, que não evolui
e que não tem outro propósito que vá para além da banalização do título fácil que se estende a toda a imprensa, desde a cor-de-rosa à cor-de-cravo.
desta vez foi a revista “time out” (coitadinha) que se
assumiu como mais uma voz da popularidade grosseira e instituída e buscou para a sua capa a
promessa de uma “rentrée” com imperdíveis na barriga.
(neste caso, temos um título sobre concertos
a precisar de um outro conserto... mais português).
se a ideia de utilizar esta palavra, nesta revista, veio das lisboas (que
é de onde vêm todas as decisões) ou nasceu cá pelo porto, é uma coisa que não interessa para nada, mas que foi uma
ideia foleira… isso foi, sim senhores.
estas coisas de "rentrées" devem ser deixadas para quem sabe e para quem as merece (como é o caso de portas, coelhos, seguros, jerónimos e companhias limitadas e ilimitadas).
a estes, fica-lhes muito bem o "franciú" espampanante do termo que, para o "ti jaquim de santo antoninho das hortaliças", soa a brilhantismo de doutores.
a estes, fica-lhes muito bem o "franciú" espampanante do termo que, para o "ti jaquim de santo antoninho das hortaliças", soa a brilhantismo de doutores.
é muito melhor, para as pessoas de bem, aguardar a REENTRADA das coisas e das pessoas boas, sejam- eles ou elas- concertos, peças de teatro, livros e filmes novos ou, simplesmente, de gente que nos diga ou nos acrescente, alguma coisa que valha a pena.
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