sexta-feira, 31 de agosto de 2012

a "rentrée" em "time out"



chamar “rentrée” a qualquer coisa que recomeça depois do verão, é um fenómeno tão “burresco” e tão “broeiro” que chega a parecer uma enorme senilidade consentida, que não passa de moda, que não desaparece, que não evolui e que não tem outro propósito que vá para além da banalização do título fácil que se estende a toda a imprensa, desde a cor-de-rosa à cor-de-cravo.

desta vez foi a revista “time out” (coitadinha) que se assumiu como mais uma voz da popularidade grosseira e instituída e buscou para a sua capa a promessa de uma “rentrée” com imperdíveis na barriga.
(neste caso, temos um título sobre concertos a precisar de um outro conserto... mais português).

se a ideia de utilizar esta palavra, nesta revista, veio das lisboas (que é de onde vêm todas as decisões) ou nasceu cá pelo porto, é uma  coisa que não interessa para nada, mas que foi uma ideia foleira… isso foi, sim senhores.

estas coisas de "rentrées" devem ser deixadas para quem sabe e para quem as merece (como é o caso de portas, coelhos, seguros, jerónimos e companhias limitadas e ilimitadas).
a estes, fica-lhes muito bem o "franciú" espampanante do termo que, para o "ti jaquim de santo antoninho das hortaliças", soa a brilhantismo de doutores.

é muito melhor, para as pessoas de bem, aguardar a REENTRADA das coisas e das pessoas boas, sejam- eles ou elas- concertos, peças de teatro, livros e filmes novos ou, simplesmente, de gente que nos diga ou nos acrescente, alguma coisa que valha a pena.

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