segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Tudo indica...

que querem mexer nas Leis do Trabalho...

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Mira k guapo hijo de...

Não consigo pôr em palavras o quanto odeio este gajo...

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

E finalmente... a mais importante de todas!

Há esta peregrina ideia de que quem trabalha para o Estado é um privilegiado absoluto. Bom, a coisa tem qualidades, mas também tem defeitos...
O PS não aprende, é cego, surdo e mudo, e aprova em sede de parlamento verdadeiros murros nos queixos da malta que trabalha, ie, "nózes"...
Ora bem, o funcionário público tem esta coisa de também poder ir embora, se encontrar argumentos de "natureza empresarial" que o justifiquem...
Os funcionários públicos a sair primeiro serão obviamente os melhores, claro, mas não nos surpreendamos, ainda está por governar o político que saiba como criar/motivar/refazer o "Bom Funcionalismo Público" que assumimos merecer...
Portanto, o funcionário público "amocha" porque, enfim, é esta coisa em forma de assim e portanto...
Já a malta das empresas ao lado, que do Estado são mas são "tipo-privadas", e onde por conseguinte a coisa é outra e obviamente o buraco da agulha é de outra finura, cuidado cuidadinho, que perde-se o linho e fica o terylene... lembram-se do terylene, não lembram?
Que venha o FMI!

PS.: FMI => "qual foi a tua FMI de todas?" Ora descodifiquem lá esta!

É Natal, vamos lá ao subsídio...

E, na sequência de uma conversa que eu tive ontem ao início da noite com um bom amigo, peço desculpa por voltar aos milhões do Mexia, ao meio milhão do Fernando Gomes, mas... para aí metade da força laboral da "fábrica-de-saúde" em que trabalho vai esta sexta-feira suspiradamente receber um subsídio de Natal (ou melhor, ordenado e subsídio...) inferior a meio milésimo dos milhões do Mexia, isto é, pouco mais do que MIL EUROS. Eu sei, funcionários públicos... embora muitos sejam contratados e portanto já a coisa ganhe uma cor um bocado diferente...
Não, nada justifica que um Português ganhe assim TANTO MENOS do que outro Português. Nada. Lembro-me bem de quando dias depois do vinte e cinco de Abril o ordenado mínimo foi colocado a 3.300 escudos. Valia então o escudo duas pesetas e meia, lembram-se?
Nada, meus amigos, nada. E isto é o mal absoluto. Não se pode relativizar isto. Assim como - já que pedem a "todos" "sacrifícios", ou, descodificando, pagar mais, a antecipação de dividendos por várias empresas - por ex. a Jerónimo Martins - de forma a pagar menos impostos, "pode ser feito", é certo, mas é imoral. A linha divisória não pode ser só a lei...
Os ricos deviam - também eles... - pagar a crise...

O 1º dia do resto...

No 1º dia depois da greve geral “que-mobilizou-ainda-mais-gente-do-que-a-outra”, o que escrever? Ontem, o jornal Público publicava um artigo sobre a nova emigração, a das cabeças-pensantes.  Preocupemo-nos em fazer país, que elas voltam… Por outro lado ficámos a saber que o resgaste da Irlanda não diminui o famoso “risco de contágio” e que a Irlanda vai diminuir o salário mínimo… Preocupemo-nos em fazer país, que a coisa passa…  Finalmente a ministra do Trabalho tranquilizou-nos a todos ao referi que a greve geral tinha sido "tranquila”… Nem com um daqueles descodificadores universais da CIA se entende o que ela queria dizer com isto… mas estamos a falar de uma não-pessoa, uma figurante num filme de zombies, um não-ser apanhado num governo onde só há ministros maus, muito maus, ou lugares vagos, hoje, sempre, ou já-amanhã-se-repararmos… Ela realmente nunca existiu no governo por pura impossibilidade.
Portanto, ela disse o quê?

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Nos percursos do coiso...

APITADELA na SCUT

domingo, 14 de novembro de 2010

De como a poesia está presente mas é parca ajuda.

Ontem, por compromissos profissionais previamente assumidos, tive que dar um curso a colegas mais novos dentro da minha área de trabalho, curso que aconteceu ao início da tarde no antigo Meridien. Este curso repetia grosso modo um curso similar acontecido há um ano, pelo que o trabalho de preparação nem foi particularmente custoso. O tempo passa, algo podia ter mudado no que se sabia em 2009 para o que se sabe em 2010. Reciclei, aqui e ali refiz. Podia ter feito melhor. Não tive tempo, motivação, rasgo, empenho, coração. Ficou uma coisa assim em forma de "mais-ou-menos", onde ao rever-me fico ainda mais bem disposto do que já de base ando. Enfim...
Nisto pensava, e em outras coisas, enquanto esperava pelos meus "alunos", pen drive já anexada ao portátil da organização. Tomara um café no piso inferior, e enquanto o tomava estivera a reler um livro de poesia que recentemente me impressionou, de Amadeu Baptista, "O Ano da Morte de José Saramago". De repente resolvi abrir as minhas pobres palestras com uma frase retirada do livro em questão, e que me tinha impressionado:

"A desgraça de um país mede-se na distância que vai das instâncias do poder / à esperança dos seus habitantes, (...)".

Ministradas as prrimeiras duas palestras e concedido o intervalo, busquei uma reabertura das hostilidades condigna, e nada melhor que o título do panfleto escrito n'"Os Gatos" em 1889 por Fialho de Almeida, e agora com edição isolada na Assírio & Alvim:

"Carta a D.Luís Sobre as Vantagens De Ser Assassinado."

Acho sinceramente que os meus educandos só ganharam com estes dois flashes de neon sobre os dias de hoje, eles que dedicadamente se preparam para pertencer a uma elite, émulos de Esculápio, sucessores de Galeno.
Espero que daqui a anos, quando nos cruzarmos nos corredores do hospital ou, o que é o mesmo, do NorteShopping, o facto de me evitarem o olhar seja apenas porque perceberam, a vida atingiu-os com o murro do costume debaixo dos queixos e afinal perceberam e custa-lhes ver em mim as marcas da mesma agressão, com vinte anos de avanço, ou atraso, como queiram chamar.
Eu, por mim, cá vou estando. Leio livros, almoço, e também janto. Faço uns cursitos "mais-ou-menos". E confesso que esta coisa da crise me preocupa na exacta medida que está difícil chegar com o ordenado até ao fim do mês. E é só.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Por fim

- Casa Pia


Talvez seja este o mágico poder da nossa justiça: conseguir, depois de milhões de recursos, lapsos e outras fintas, chegar à conclusão inesperada (?) de que, afinal, todos os arguidos são bons rapazes e se há maus rapazes, neste processo, esses são, de certeza, os outros, os que eram menores.

Não me espantaria, por isso, que depois de milhões de acusações, reconstituições, lapsos, adiamentos e outros acontecimentos, estejamos muito perto da decisão correcta: a absolvição de todos os suspeitos e a condenação de todas as vítimas.

Na verdade, quem é que nos diz que as coisas não se passaram precisamente ao contrário? Porque não fizeram as “mesmas” inspecções corporais aos dois lados da barricada?


- Chinesices


Talvez daqui a uns tempos tenhamos direito a pagar os mesmos impostos que os chineses têm pago, por aqui. Se o presidente da China deixar, claro.

Com esta visita presidencial, estreitaram-se as relações e estreitou-se o nosso país que fica na fotografia como a sopeira parola do gigante amarelo, a quem mostrou os bolsos vazios e as mãos cheias de talões, recibos e facturas por pagar.

Se viessem mais depressa, talvez ainda pudessem ter assistido à aprovação do orçamento, embora sem terem, ainda, direito a voto.


- Por fim


Seria importante ouvir da boca de um político qualquer, que a vida não se esgota no dinheiro e na economia, mas pode finar-se, irremediavelmente, na tristeza imensa que os nossos governantes e oposições fazem questão de semear nas declarações, ameaças e arrogâncias politicamente sensacionalistas e correctas.

Ora, tudo isto, misturado com as elevadas doses de pessimismo que as televisões e rádios apregoam, dá um resultado diabólico e perfeitamente desnecessário.

Esperemos que os nossos (do Estado) incumprimentos financeiros e a nossa queda para não funcionarmos em termos de justiça, não nos arranjem uma obrigatoriedade de começarmos, um destes dias, a sermos todos uns “made in china”.


Nelson Ferraz in "Maia Hoje",12.11.2010

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

7% ou mais

Depois dos 7, não há (tens razão, amigo) muito mais para dizer, mas, já agora, quem é que vem aí?
O FMI ou o FIM desta trapalhada rectangular de navegadores apagados?

domingo, 7 de novembro de 2010

Duas achas...

para a fogueira:

a) a entrevista de Campos e Cunha ao jornal Público.

b) a entrevista de Henrique Neto ao Negócios, cuja totalidade não nos é acessível, donde um best of, cortesia alheia.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Um jogo

Contas, mercados, défices, crises, juros, sacrifícios.

O pior do mundo, meu amigo, são estes políticos de trampa e esta "informação" macabra e depressiva que teima em
borrar de negro a paisagem preta que nos afoga.

Estes tempos são tempos de um jogo a duas mãos, imoral e viciado.

Um dos jogadores está farto de fazer truques e trapaças e, um dia destes, dará o lugar a outro que, parece-me, tem um jogo de merda.