quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Isto até parece real

Chegou o PEC 3.

Realmente, estes gajos não usam meias na cabeça, mas...

Dilma & Lula.

Para quem tem uma visão idílica do camarada Lula da Silva recomendo a leitura deste editorial do Estado de São Paulo. As eleições são Domingo...

Os senhores 5%.

Ora então vamos fazer umas contas:

A função pública tem mil gajos ali a trabalhar. Que ganham, por ex., dois mil euros/mês. Por mês dois milhões de euros. Desses mil há cem que não fazem um corno! Despedi-los significa uma poupança de duzentos mil euros/mês! Toda a gente sabe quem eles são, claro, mas enunciá-los, apontá-los a dedo, ou apenas chamá-los e dizer: "ó meu, vai-te embora!, estrupício...", enfim, não apetece...
Então, vamos fazer assim - vamos pôr os mil a ganhar mil e novecentos euros/mês! Eu sei que a poupança acaba por ser só cem mil euros, mas o esforço fica dividido por todos, os úteis e os inúteis, os que trabalham e os que fazem pareceres e relatórios... e sempre se poupa alguma coisa e "manda-se um sinal para os mercados"...
Sim, parece-me bem, não tenho nada a dizer... e vocês?

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Não à subida dos impostos, se não se importam...

Os mercados são os mercados são os mercados. A ideia (deles) não é  futuro de Portugal e dos portugueses, essas merdas. A ideia é saber como vai Portugal pagar-lhes! É nisto que os mercados pensam! Portanto, os mercados estão de acordo em que os impostos subam! Claro, tem lógica! Os mercados já perceberam que Portugal não sabe diminuir a despesa. Não sabe! Bom, mas tem de pagar de qualquer maneira! Bute, os mesmos de sempre, agora ainda um pouco mais! Impostos? Valeu!
Agora, nós, os camelos do costume, nós sabemos que é possível diminuir a despesa, ó se é! Vamos puxar do léxico e do lápis vermelho e começar a cortar!
Ora bem, aqui vai: acessores, coordenadores, assistentes, subsecretários, adjuntos, acólitos, os vícios e os vices, os adidos, os aderidos, os que parecem a tempo inteiro mas não estão, os que parecem guiar com as duas mas guiam só com uma mão, a outra a guiar o carro do vizinho, parte concorrente logo muito interessada, os comissários, os peritos, os que sabem, os que toda a gente sabe que sabem, os encostados, os deitados, os de pé mas bem agarrados, os açapados, lapados, entupidos, cagados mas que disfarçam e até alguns que nem isso, enfim, milhares, milhares de gajos e gajas que têm de ir para a filha do olho da puta da rua!
Eu acho que o desemprego em Portugal tem de subir! SUBIR! Percebem o que eu quero dizer? Mas não me aumentem mais a merda dos impostos, só porque é difícil, é duro, "eu pelo menos não tenho coragem", de despedir o Teté, o Bidé, e o Dácácá, certo?

Ide apanhar...

sábado, 25 de setembro de 2010

Ai quanto tarda o Orçamento, essa merda...

Em Espanha o Orçamento 2010/11 já saiu à luz do dia. Foi assim que o El País o comentou: "Recortes de gasto y alzas de impuestos buscan un solo objetivo: consolidar la confianza en España." Se as coisas estão assim na casa grande aqui do lado, como vai ser para nós, pequeninos e atrasados, Orçamento por fazer, os mercados mais, oh bem mais, do que muito desconfiados...

domingo, 19 de setembro de 2010

sábado, 18 de setembro de 2010

VPV e Salazar

A 5/09 publicou Vasco Pulido Valente um acertado comentário à biografia de Salazar que hoje por hoje por aí tanto está a vender.
Acho o seu texto tão pertinente que, socorrendo de alguma pesquiza e contornando assim as travas habituais do jornal Público, aqui vai um bom excerto:

"Saiu finalmente uma biografia de Salazar (a de Franco Nogueira era almanaque hagiográfico sem sentido ou valor). A biografia é de Filipe Ribeiro de Menezes, doutorado em Dublin e professor de uma universidade irlandesa. (…) vale a pena ler esta longa e minuciosa história do homem que governou, sem sombra nem rival, gerações sobre gerações de portugueses e conseguiu criar uma cultura política que hoje ainda pesa - e pesa muito - na democracia que temos.

Para quem viveu sob Salazar – e já deve haver pouca gente –, o que falta nesta biografia é, naturalmente, a atmosfera do regime. Porque não existia uma ditadura, existiam milhares. Cada um de nós sofria sob o seu tirano, ou colecção de tiranos, na maior impotência. A família, a escola, a universidade, o trabalho produziam automaticamente os seus pequenos "salazares", que, como o outro, exerciam um autoridade arbitrária e definitiva que ninguém se atrevia a questionar. A deferência – se não o respeito – por quem mandava era universal; e essa educação na humildade (e muitas vezes no vexame) fazia um povo obediente, curvado, obsequioso, que se continua a ver por aí na sua vidinha, aplaudindo e louvando os poderes do dia e sempre partidário da "mão forte" que "mete a canalha na ordem".
Só num ponto, essencial, Salazar perdeu. Queria um país resignado à pobreza cristã e Portugal, se continua pobre, não se resigna agora à pobreza com facilidade e abandonou a Igreja. (…) E o mundo moderno desorganizou o Portugal manso e miserável que ele com tanta devoção construíra. O preço que pagámos pela ditadura desse provinciano mesquinho é incalculável."

No momento em que medra algum revisionismo histórico sobre o antes do 25 de Abril - o que não é difícil quando do outro lado só há Fernando Rosas... - este texto é bem mais do que um mero tónico capilar. Quantos de nós não vivemos no emprego coisas que lembram isto, cuja raíz digamos genética, está nisto? Em Portugal ainda há os ditadorzinhos de pacotilha, os do quero posso e mando, os bufos da corte e os bobos da mesma, os marginados e os marginais e o pior neste mundo português sempre foi o ser apontado a dedo.
Ainda nos perguntamos porque o cinzento dos carros, das roupas e das caras?

 

A ciganada, mais uma vez.

Indo pedir ajuda a um blog que nem sempre curto, e porque citaram um autor que até nem venero, eis a melhor súmula desta coisa que me arrepia...

Por outro lado, Zapatero, que eu já declarei morto, ressuscitou. Mais valera que não...
Ainda me lembro de quando Sarkozy o insultava de mansinho, e Zap comia e calava, como buen cristiano. Esta maltinha de esquerda, toda cheia de boas intenções e cuidado onde pisas e atenção com a cotovia que se extingue, seguindo os bons exemplos de malta cuidadosa de direita, o Berlusconistin e o Sarkozystov, probos e discretos em tudo o que vão dizendo por aí...
Para finalizar, 56% dos franceses aprovam as expulsões, "mas" e faço o sublinhado do jornal, é o eleitorado de direita, as classes mais baixas, e os mais de 60 anos... enfim, 56%, certo? Afinal, é uma democracia ou quê? Se a maioria quer atirar pedras...

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

À atenção dos verdadeiros ecologistas

Por favor, ponham uma rolha na Heloísa Apolónia. O seu Potenciómetro Está Viciado.
Só tem dois registos: silêncio e berro. E é nesta última posição que costuma ficar encravado.

Meu Deus, como ela grita!...

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Era uma vez um subsídio de Natal...

Senão, vejamos este link...
Agora sim, já percebi...

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

O novo ano lectivo, coisa e tal...

"A escola que não muda está por definição a piorar." (entrevista ao Público a 14/09).
A nossa ministra da Educação não me parece nada burra. Escreve aqueles livros para crianças onde estas têm um arremedo de "Aventura" (só "Uma" de cada vez...), não diz enormidades como a actual presidente da FLAD e sua antecessora, as caras que faz para a fotografia infundem respeito e alguma apreensão até, para todos nós que já fomos alunos e ao ver uma professora assim com cara séria pensamos "eh, lá..."...
Mas a citação acima só pode ser uma piada e, que eu saiba, Isabel Alçada não trabalha para as Produções Fictícias". Oxalá assim fosse e os seus colegas de trabalho já estariam a apontar-lhe o dedo e a rebolar de riso.
É que a escola portuguesa não tem feito outra coisa nos últimos anos do que mudar. E não há meio de melhorar...
"Há professores nas comissões de protecção de menores." (a propósito de "As escolas devem aproveitar melgor as parcerias.").
Estou a ver: depois da discussão de três casos de crianças abandonadas, quatro violadas em série, e duas encontradas a pedir nos semáforos vai o professor e saca uns papéis da pasta e diz aos colegas da comissão: "ó pá, só para terminar, queria falar-vos aqui do Zé Luis, ele não é meu aluno, é da Luísa, não sei se a conhecem, o gajo já é a segunda vez que lhe atira com o apagador, enfim, e aquilo na sala de aula é um cheiro a chocolate que nem vos conto..."
Dizer que as escolas têm muitas condições implica a utilização do condicional dos verbos, o que não é das coisas mais saudáveis como sabemos. E se, e se, e se aumenta exponencialmente o uso de gastroprotectores. Ser professor não é pera doce.
Também há aqui outra coisa que me faz alguma confusão e que tem a ver com esta coisa do diálogo ser sempre com esta Lisboa que nos governa. Muitas das competências no que diz respeito às escolas pertencem hoje às autarquias. Porque não deixar coexistir diferentes modelos de organização educativa em diferentes concelhos deste nosso plantado país à beira-mar? Desde que a política de transferências financeiras esteja bem definida para que a pedinchice não expluda, porque não os pais poderem escolher entre a Maia e Matosinhos, por ex., para ter os seus filhos na escola, porque por ex., o concelho da Maia lhes parece que tem a coisa melhor organizada, a funcionar melhor, etc. E depois tirar as ilações e aprender! Na, as boas decisões serão sempre vindas de Lisboa, como aliás têm sido! Lisboa decide, depois as autarquias amanham-se como podem... Eu sei a opinião que temos sobre a inteligência dos nossos sub-autarcas mas, e sobre a inteligência da malta do ministério? A malta das autarquias ao menos costuma almoçar nos mesmos sítios que nós costumamos, podemos sempre entornar-lhes um prato de esparguete por cima como protesto!
"Não são 30 quilómetros, são 15 para cá e 15 para lá."
Entre Ovar e o Furadouro são 5 quilómetros e em linha recta. As carreiras da Feirense e as do Inácio despacham aquilo em... quê, um quarto de hora, vinte minutos, com as paragens... Se fosse 15 quilómetros, bom, e com curvas e subidas e descidas, bem... quando falamos de distâncias devemos falar de tempos que demoram as tais distâncias na prática a ser percorridas, quando é que a criança tem que se levantar ou deitar, que tempo lhe sobra para estudar, em casa ou num ATL, ou também para brincar, essa coisa fundamental quando se é criança, certo?
Em Lisboa há esta mania de ter os gabinetes todos virados para o Tejo, para sul, e tudo se vê mais claro do que nos outros sítios, já o pensava o Afonso Henriques.
Mas hoje aí em Lisboa também está nublado, não? Na maior parte do vosso país, caros amigos, ESTÁ!

Decidam-se, caralho!

Afinal ajudem-me, expliquem-me, orientem-me. Estamos a piorar ou a melhorar? Isto do crédito externo vai a bem ou vai a mal? E a América, hã? E a Europa, hein? A bolsa sobe e desce, o desemprego desce e sobe, os juros, a inflação, o risco de deflação, a lenta recuperação, os bancos não vão ser os mesmos, o emprego também não, cuidado cuidado, enfim… ontem que uma coisa, hoje uma outra e amanhã talvez também porque não, será o Sr. Dr. Ricardo Salgado, por exemplo, o mais poderoso dos poderosos segundo o Negócios, que podia… definir a directriz, a perdiz, a geometriz desta merda e explicar-nos a que velocidade vamos bater lá em baixo, lá bem no fundo? Avioneta? Parapente? Tipo 747?

Foda-se, decidam-se, caralho!

É que não são vocês, somos nós!!

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Virar.

Algo me diz que nos próximos meses o PS vai virar à esquerda...