O caso da prisão de Dominique Strauss Kahn (DSK) fez-me pensar logo noutro, também recente, acontecido com um psiquiatra “da nossa praça” e uma sua doente, grávida no 3º trimestre da gravidez. Strauss Kahn está preso e bem preso, o psiquiatra da nossa praça está solto e à solta, e por pouco não recebeu um louvor. A América de vez em quando funciona, Portugal, a verdade é que já nem me lembro quando foi a última vez...
Adiante. Mas, portanto, estamos todos órfãos de DSK, putativo próximo presidente francês. Homem que dera como que um rosto humano ao FMI – a sério que acreditam nisto? – logo a sua prisão uma – mais uma – tragédia para Portugal. DSK, lidos os prolegómenos e avaliados o seu perfil público e menos público, preparava-se para ser o próximo Miterrand, talvez sem o mistério. Uns poucos criticavam os seus hábitos de fausto, a sua vocação depredadora sexual. Claro que bem sabemos como ser de esquerda legitima e doura qualquer destas actividades, enquanto ser de direita só envilece e amplifica a intrínseca maldade de todo e cada um. Ficará por saber se DSK ia usar cartomantes para decidir o futuro da Europa ou que novos Parténons iria erigir em Paris.
Eu, pessoalmente, desejo ardentemente que o candidato do PSF às presidenciais do PSF seja Martine Aubry. Olhem bem para ela, a quase anónima filha de Jacques Delors. Venceu Segoléne, vai vencer François Hollande, e talvez vença Sarkozy. Se não acontecer - a cartada da gravidez de Carla Bruni está em jogo - a França não está melhor do que a Itália. Se não acontecer, toda a Europa deve passar a poder votar nas eleições alemãs, as únicas que verdadeiramente contam... !
História pública
Há 9 horas
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