"SEGUNDA QUINA / D. FERNANDO, INFANTE DE PORTUGAL
Deu-me Deus o seu gládio, porque eu faça
A sua santa guerra.
Sagrou-me seu em honra e em desgraça,
As horas em que um frio vento passa
Por sobre a fria terra.
Pôs-me as mãos sobre os ombros e doirou-me
A fronte com o olhar;
E esta febre de Além, que me consome,
E este querer grandeza são seu nome
Dentro em mim a vibrar.
E eu vou, e a luz do gládio erguido dá
Em minha face calma.
Cheio de Deus, não temo o que virá,
Pois venha o que vier, nunca será
Maior do que a minha alma."
A última estrofe deste poema da "Mensagem" de Fernando Pessoa terminou a entrevista de José Sócrates na RTP1. O primeiro-ministro citou-a. O Poeta escreveu este poema preso do maior fervor patriótico, e não. Era um poeta, era um fingidor. O Poema é Maior.
É o retrato de um fanático.
Descarada aldrabice
Há 14 horas
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