No de partir as pernas a alguém às vezes chega-se lá com a intenção já adiantada mas os factos anteciparam-se e o evento já aconteceu, foi a exposição inaugurada, etc.
Tal o acidente na Avenida da Liberdade havido com o "chefe da polícia", o... Sr. Dr. Juiz-Conselheiro-e-tudo Mário Mendes. Que a velocidade limite de cinquenta quilométros por hora não estava a ser cumprida por quem ia ao volante damos de barato. Acontece que o Mário também não levava o cinto de segurança posto. É esta uma prerrogativa das forças policiais, sempre eu pensei para maior mobilidade na perseguição ao vivo de malfeitores. Não estou a ver o Sr. Juiz-conselheiro-e-tudo de repente a mandar parar a viatura, saltar do assento pela porta fora e dar-ele-mesmo voz de prisão a um traficante que ali na Avenida estivesse a orientar uns embrulhos. Portanto, esta coisa do cinto... é a tal coisa. É para os outros! O limite de velocidade... é para os outros!
Estava atrasado para uma cerimónia importante, não é? Fosse mais cedo! Eu quando vou jantar a casa dos meus pais a Ovar, coisa de não somenos importância, também faço as continhas ao tempo, para não me atrapalhar ali na A-2...! Com o detalhe agravado de que pela ausência de cinto falhou-se a coisa de encarcerar um que outro membro inferior - perna partida, é o que eu digo... e a coisa acabou por ser bem mais grave... ao nível da face.
Bom, esclareça-se que desejamos ao Sr. Mário Mendes a melhor das recuperações. Alíás aproveito para desejar o mesmo a todos os Manéis, Josés e Marias que neste momento também estão a recuperar.. do que quer que seja nos hospitais portugueses, o mesmo é dizer nos hospitais de todo o mundo!
Agora vejamos, porque há uma abundante casta de gente que, instigada por atitudes vindas de cima como esta, faz das estradas portuguesas uma guerra civil permanente e refere tropensativamente que tanto faz morrer a cento e vinte como a duzentos à hora, e que a Avenida da Liberdade é realmente extra-muros do condomínio em que todos nós hoje vivemos, como se na estrada os outros fossem apenas figurantes e portanto alvos a abater, temo dizer que este infeliz acidente no CENTRO da cidade de Lisboa acabará apenas por figurar - mais um - no anedotário da pequena política à portuguesa, em triste colisão com o anedotário da estrada à portuguesa.
domingo, 29 de novembro de 2009
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
Vicente Moura
"Quero sair pelo meu pé!", diz Vicente Moura, presidente do Comité Olímpico Português.
Foi para estes senhores que este blog foi criado. Por nós...
Foi para estes senhores que este blog foi criado. Por nós...
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
À confiança
Houve tempos, estou lembrado, em que a expressão "à confiança" era sinónimo de comércio mas também de comércio de boa casa, lugar onde se fosse cliente habitual e que, questionado sobre a qualidade, frescura, possibilidade de sucesso, culinário ou outro, de determinado item de montra, respondia: "Pode levar, à confiança!" À confiança...
Hoje à palavra "confiança" acrescentou-se a adjectivação "política", donde "confiança política". No país aqui do lado, o dos "nuestro hermanos", chama-se "tia política" à esposa do tio, irmão de pai ou mãe. É portanto uma tia que não é de sangue, não é bem a sério, lá teve que ser, o tio deu-lhe para casar com a tipa, meu deus, que fazer, a tomar tanta medicação, ainda por cima.
Derivando fronteira, isto da "confiança política" não podia ser coisa boa. E não é.
Engraçado que quando me falam de lugares de "confiança política" penso logo em lugares de estacionamento. A sério! Lugares onde estacionam pessoas que tu tens "confiança" que são da tua "política", é isso! Existe um rumo, uma linha, um pêndulo de Foucault que superiormente nos rege. Daí depois a necessidade da "confiança" e que esta mesma seja... "política"... Há que ter a certeza que o desvio a ser não seja da "política" aviada como a correcta pelo andar de cima...
Mas também, vejamos, a palavra "con-fiança" não antevê já muitas destas situações de fixação de valores de certa forma elevados para que, após um equívoco ou outro, um destes "confiados" equivocadamente preso possa volta à liberdade, nem que seja com pulseira electrónica? Os gajos estacionam mas já têm um valor apenso, como etiqueta na Cortefiel, duas etiquetas aliás, uma "o preço é x", outra "a fiança será...". Bem...
Ora define lá tu então o que é uma "fiança política"?
Hoje à palavra "confiança" acrescentou-se a adjectivação "política", donde "confiança política". No país aqui do lado, o dos "nuestro hermanos", chama-se "tia política" à esposa do tio, irmão de pai ou mãe. É portanto uma tia que não é de sangue, não é bem a sério, lá teve que ser, o tio deu-lhe para casar com a tipa, meu deus, que fazer, a tomar tanta medicação, ainda por cima.
Derivando fronteira, isto da "confiança política" não podia ser coisa boa. E não é.
Engraçado que quando me falam de lugares de "confiança política" penso logo em lugares de estacionamento. A sério! Lugares onde estacionam pessoas que tu tens "confiança" que são da tua "política", é isso! Existe um rumo, uma linha, um pêndulo de Foucault que superiormente nos rege. Daí depois a necessidade da "confiança" e que esta mesma seja... "política"... Há que ter a certeza que o desvio a ser não seja da "política" aviada como a correcta pelo andar de cima...
Mas também, vejamos, a palavra "con-fiança" não antevê já muitas destas situações de fixação de valores de certa forma elevados para que, após um equívoco ou outro, um destes "confiados" equivocadamente preso possa volta à liberdade, nem que seja com pulseira electrónica? Os gajos estacionam mas já têm um valor apenso, como etiqueta na Cortefiel, duas etiquetas aliás, uma "o preço é x", outra "a fiança será...". Bem...
Ora define lá tu então o que é uma "fiança política"?
Melros brancos
Há demasiados melros nestas histórias repetidas. São melros brancos que sobrevivem ao calendário roxo das moscas. Para piorar as coisas, minuto a minuto, nasce mais um verme sobre a silhueta, escancarada, do espanto e nós assistimos a tudo, quase mudos.
Somos cruzetas vazias à espera de um par de calças, mas, teimosamente, carregam-nos de barretes e de cuecas. As coisas não deveriam ser assim.
Eu nunca fui caçador, mas os melros, que não são negros, impressionam-me.
- Abre, por mim, aquela janela sem paisagem! Vês alguém?
Diz-me, telefona-me...
"Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és!", assim dizia este nosso povo em tempos manjedouros.
Hoje em dia já ninguém liga a esta sabedoria em súmula, aos reparos contidos nestas frases soltas mas não iletradas deste nosso povo. Talvez porque os corredores e galerias dos centros comerciais irmanem demasiado e, a partir daí, o risco de tropeçar em alguém menos desejável apague o querer verdade na segunda parte do dito. Afinal andaremos todos demasiado ao mesmo e pelos mesmos sítios...
Mas, ora bem, podemos sempre usar o telefone, o telemóvel, portanto, que melhor forma de selar uma sá e pura amizade a não ser pela via do telefonema!
Então vá, diz-me a quem telefonas... que eu escuto quem tu és...
Hoje em dia já ninguém liga a esta sabedoria em súmula, aos reparos contidos nestas frases soltas mas não iletradas deste nosso povo. Talvez porque os corredores e galerias dos centros comerciais irmanem demasiado e, a partir daí, o risco de tropeçar em alguém menos desejável apague o querer verdade na segunda parte do dito. Afinal andaremos todos demasiado ao mesmo e pelos mesmos sítios...
Mas, ora bem, podemos sempre usar o telefone, o telemóvel, portanto, que melhor forma de selar uma sá e pura amizade a não ser pela via do telefonema!
Então vá, diz-me a quem telefonas... que eu escuto quem tu és...
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
Gente que não presta
Tenho passado o tempo a tropeçar em gente que não presta. E essa gente vai-me saindo ao caminho vinda dos jornais, das têvês, da tsf e das cavaqueiras(?), mais ou menos politizadas, da circunstância laboral.
O problema é que não consigo habituar-me a isso. Acho deselegante que alguém queira deitar por terra, todas as coisas importantes em que sempre acreditei. Por isso, e porque os diospiros não são de confiança... vamos a eles, a elas e a todos ou todas que tenham comportamentos semelhantes ao das codornizes de Olivença.
Para já, rasguei a gravata. A medo, mas já o fiz. Não é por nada, mas, por estas bandas, nem os agrafadores são de confiança. Daí, o pequeno receio. Mas isso passa.
De Norte a Desnorte há muitos quixotes que, perante toda a indiferença do mundo, ganham a vida a matar Cervantes. É imprescindível agarrá~los pelas pernas e deixá-los cair, entre dois dedos de conversa e um molho de urtigas.
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