sábado, 5 de fevereiro de 2011

A professora de Inglês da minha filha.

Para infelicidade minha fui um óptimo aluno. Para infelicidade minha que não vou explicar, e da minha filha, que não obtém, do pai que lhe calhou em rifa, a melhor das compreensões para os seus 'fortúnios' ou infortúnios escolares.
Anda a minha filha no 7º ano. No 1º trimestre teve 4 a Inglês, nota que, avaliando eu os seus conhecimentos e os resultados dos testes, me pareceu um exagero da professora. Podia ser uma aposta, um crédito, etc. Mas não podia ter o desfecho que teve. No 1º teste deste 2º período a rapariga teve 40%. Ao contrário do seu brilhante pai acontece que a miúda não puxa para letras, interpreta não muito bem, tem uma falta de léxico que arrepia, etc. Eu acho que ela irá ao sítio, etc., e está escrito que será aluna de '4's nas disciplinas de ciências, e de '3' nas de ciências. Esclareça-se que a minha filha não é nada burra. Só não cai p'ra ali...
Acontece que não havia necessidade de, na aula de correcção do teste, ter a minha filha sido obrigada a fazer ela a correcção de todo o teste, sob o gáudio divertido do resto da turma, com remoques, piadas e outros comentários depreciativos da professorinha. Segundo esta besta, a minha filha merece agora um '1', porque não se aplicou, etc. 45' de tortura psicológica à antiga. Na escola ninguém se aplica porque não lhes é dado tempo. O aplicar-se é depois em casa ou nos explicadores, ATL's, etc., que o/a aluno/a frequente. Eu sei que o teste foi uma caca. 60% dela. E que o ATL da minha filha está a precisar de desemprego. Mas a minha filha, e bem, sentiu-se injustiçada e, com duas testemunhas, foi queixar-se à directora de turma. Esta deu-lhe razão, e já teve duas conversas telefónicas coerentes com essa tomada de posição com a mãe da criança. A professora de inglês, afinal, no dia a seguir, pediu "umas desculpinhas" à minha filha, tipo "não ligues, no meu tempo também era assim, e isto é para arrepiares caminho"... Pedimos uma reunião com a professora que ela recusou, recusa a que, pelos vistos, tem direito...
Para a semana iremos reunir com a directora de turma. Na minha profissão não me lembro de alguma vez me ter recusado a falar com um familiar de um doente. Bom, posso ter-me recusado a falar com o 8º familiar...
A ver vamos. Reparem que em nenhum momento referi o óbvio, que é a minha filha andar numa escola pública...

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