E, na sequência de uma conversa que eu tive ontem ao início da noite com um bom amigo, peço desculpa por voltar aos milhões do Mexia, ao meio milhão do Fernando Gomes, mas... para aí metade da força laboral da "fábrica-de-saúde" em que trabalho vai esta sexta-feira suspiradamente receber um subsídio de Natal (ou melhor, ordenado e subsídio...) inferior a meio milésimo dos milhões do Mexia, isto é, pouco mais do que MIL EUROS. Eu sei, funcionários públicos... embora muitos sejam contratados e portanto já a coisa ganhe uma cor um bocado diferente...
Não, nada justifica que um Português ganhe assim TANTO MENOS do que outro Português. Nada. Lembro-me bem de quando dias depois do vinte e cinco de Abril o ordenado mínimo foi colocado a 3.300 escudos. Valia então o escudo duas pesetas e meia, lembram-se?
Nada, meus amigos, nada. E isto é o mal absoluto. Não se pode relativizar isto. Assim como - já que pedem a "todos" "sacrifícios", ou, descodificando, pagar mais, a antecipação de dividendos por várias empresas - por ex. a Jerónimo Martins - de forma a pagar menos impostos, "pode ser feito", é certo, mas é imoral. A linha divisória não pode ser só a lei...
Os ricos deviam - também eles... - pagar a crise...
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