terça-feira, 12 de outubro de 2010

O José.

Como foi possível que ele chegasse onde chegou? Porque o pusémos lá? Como não adivinhámos? Que relação foi esta entre um país e um povo vendido ao compra-e-vende e um homem que só sabe isso mesmo, vender-se, comprar-nos?
Como voltar atrás? Como esquecer tudo isto? Como sarar esta ferida aberta por onde o coração nos desapareceu e ficou um cartão de crédito a tapar a abertura, com uns talões para a gasolina a ajudar? Conseguiremos voltar atrás? Não sei. Às vezes, um número muito razoável de vezes, apetece-me ir embora e deixar este país para trás, este país que já não é meu, este país bonito, simpático e pouco inteligente, que se vendeu.
Vendeu, está vendido.
E agora, José?

p.s.: José é ainda o primeiro nome  mais frequente em Portugal, esquecendo as Marias... assim à primeira lembro-me logo do José Maria Nicolau, ciclista... agora a sério, a verdade é que foderam-nos dois Josés, o José Manuel e este...

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