domingo, 7 de março de 2010

Das grandes obras

Não parece, não parece, mas a questão mais importante que se irá decidir este ano é efectivamente esta das grandes obras. A saber: auto-estradas, Alcochete, TGV.

Dada a minha nacionalidade (um português de tudo percebe e sabe dar opinião), aqui vai a minha opinião circunstanciada:

a) com excepção da auto-estrada Porto-Bragança e o fechar da IC-24, não há necessidade de mais nenhuma auto-estrada neste país. Nenhuma! Nenhuma! Nenhuma! Se esta opinião não vingar por favor pedia um troço de auto-estrada entre Carvalheira-Maceda e Mozelos-Feira, que este sim seria(-me) muito útil...
Confesso porém que ao ir para o Algarve poder escolher entre três - três! - percursos alternativos - Salgueiro Maia, a ponte - Benavente - e Vasco da Gama, a ponte - enche-me de orgulho...

b) Alcochete será um ano desses uma necessidade, não duvido. E a Portela é efectivamente um perigo para a segurança de dezenas de milhares de "Grandes-Lisboetas"... sendo eu amigo de meia dúzia destes. Bom, a solução é fazer Alcochete mas, como todas as projecções apontam, muito mais tarde do que o previsto, certo?

c) TGV: este tipo de linhas pede kms que em Portugal não abundam. Linha linha que se justifique só a para Madrid, e mais por uma questão quase patriota de ligação à Europa que outra coisa... Lisboa-Porto e Porto-Coruña são distâncias de 300 km manifestamente demasiado curtas para terem lógica TGV. Pedem um comboio rápido, competitivo, intermédio. De "velocidade alta" e não "alta velocidade" (lembro-me de ter lido esta distinção em artuigo de gente entendida, eh, eh, eh...). O shuttle Porto-Vigo só se justifica se prolongado até Santiago - onde está o poder na Galiza - e até à Coruña/Ferrol - uma pequena metrópole com meio milhão de habitantes... Por outro lado devem as linhas construidas abranger o componente mercadorias, tendo em atenção o componente CO2, etc.

Tenho dito.

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