Custa-me a crer que se possa considerar um sucesso um resultado eleitoral onde a participação dos eleitores foi de 51%! Sim, a esquerda francesa ganhou as autárquicas lá da zona e, sinal dos sinais, com múltiplas coligações região a região com ex-comunistas e ecologistas, numa frente tripartida onde as caras são três mulheres.
Martine Aubry, presidente do PSF, não é Segoléne Royal mas consegue algo que esta não conseguiria, a união da esquerda. Transitoriamente? Que rivais tem Martine Aubry? Para além da bela Segoléne, Laurent Fabius, que até venderia a mãe pelo lugar no Eliseu, e Strauss-Kahn, o patrão do FMI, sim o patrão do FMI é socialista, o tal FMI que aplaudiu o nosso PEC como "corajoso"! Imaginem Strauss-Kahn ou Fabius a unir a esquerda...
Martine Aubry é filha... de Jacques Delors. Foi a ministra do trabalho que implementou as 35 horas em França, medida cuja utilidade para criar emprego ainda se discute. É maire de Lille, com assinalável êxito. Ganhou o partido a Segoléne em directas por uma diferença de 102 votos...
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