Os portugueses são pessoas reconhecidas.
Um dia vão perceber a que tipo de pessoas estiveram entregues durante anos a fio e depois… bem, e depois talvez não aconteça nada.
Esta hora de recreio vai longa e está cheia de símios mascarados de doutores.
Em nenhum instante se consegue perceber o alcance destas ferozes maleitas económicas e a quem aproveitarão as navegações parvas dos peritos financeiros.
Mas os portugueses são pessoas reconhecidas.
Um dia vão querer que esta situação efervescente seja gravada em todos os compêndios académicos e será, então, a altura da literatura tentar explicar o que quer dizer “era uma vez…”, a matemática demonstrar que “era uma vez…” é coisa que não foi e a história ficar calada em vez de inverter a futilidade romântica das muitas vezes.
Este intervalo entre mundos, que nos tem cercado de mediocridade austera, está a ter uma longa duração e a penalizar, de forma brutal, todas as nossas crenças e projectos.
Estamos a desistir de acreditar nas mais básicas formas de valores morais.
Os portugueses são pessoas reconhecidas.
Um dia vão adorar rir-se de nós e perguntar:
- como foi possível?
Sem comentários:
Enviar um comentário