A Galiza não podia estar hoje melhor. Em avisada jogada de antecipação adquiriu um governo PP um ano antes de o mesmo acontecer à terra-mãe, a mui extensa e nobre Espanha. Só se podia esperar um entendimento superior entre Rajoy e Feijoo.
Façamos um pouco de marcha-atrás: pela crise do Prestige deu a cara então um galego meio zarolho que dava pelo nome de Mariano Rajoy. O rapaz Aznar do bigode mal apareceu. Como sequela do evento solidário criou-se uma noção difusa que havia uma "dívida" com a Galiza que finalmente o governo central espanhol iria pagar... Pepe Blanco, socialista dos quatro costados e galeguista apenas de um ou dois, pagou parte. Rajoy agora agora não quer pagar mais nada. Invocando as circunstâncias extraordinárias e não dando a cara, que já foi tempo. Agora vem Ana Pastor. De pastores e pastoras a Galiza percebe bastante, mas a "vaquiña por o que vale", ou seja: a Galiza vai ficar com um AVE/TGV que liga A Coruña, Santiago, Ourense e Vigo em "V", mas falhando a ligação ao hinterland e à Europa, que era o que interessava. Ana Pastor diz que primeiro "é preciso pagar"! Mas, não é sempre assim que o Estado faz? Pagando depois o que já fez? Antes de Rajoy só Francisco Franco subiu mais alto no que a galegos governando Espanha diz respeito. Tenho dito.
E Feijoo diz que o controlo pelo governo central das finanças autonómicas vai favorecer a Galiza. O ser bem comportado, meu caro não-amigo, deu-vos um AVE de brincar. Mas eu sei qual é o teu jogo, não te importas de ceder a direcção da Escola, desde que te deixem o controlo do campo de jogos...
A Galiza afinal ainda é isto: o Deportivo e o Celta lutam - literalmente um contra o outro - para voltar à Primeira. Enquanto isto as duas Caixas, a de Galicia e a Caixa Nova ex-de Vigo, uniram-se para ao menos falirem juntas.
O barco tinha por nome "Prestige" mas não deixou de ser uma grande merda, e que para nada serviu.
História pública
Há 12 horas
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