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podemos
podemos olhar o filósofo e concluir que ele é
uma cenoura a precisar de coelho
um galo a precisar de arroz
mas do outro lado
um láparo lunático apressa-se a desenhar felinidades
na paisagem seca e adormecida do galinheiro
podemos fazer de conta
que não vemos o perigo gratuito da vaidade
oportuna e quase histérica
da alternativa número dois
podemos olhar o filósofo e concluir que ele é
uma toalha a precisar de lixívia
um penico a precisar de cu
mas do outro lado
há um trapezista de olhar estudado
a forçar a porta do circo
quem ousará fingir que não vê?in "Maia Hoje", 23.07.2010
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