quinta-feira, 17 de junho de 2010

Confirma-se a suspeita: o ridículo não mata.

Rui Pedro Soares comparou a comissão de inquérito parlamentar ao tribunal da Inquisição. O Rui está a pedir que o sujeitem à tortura do torno, depois vai a da mesa que estica e finalmente a dos dois cavalos espantados. Ao apanhar os bocados sobrantes do que algum dia foi Rui Pedro Soares aí poderemos suspirar e dizer confirmatoriamente: "Vês, eu bem te disse, até parecia, tipo aqueles gajos da Inquisição, ou isso, tipo!"
Entretanto, o PSD vai votar favoravelmente o relatório da dita demoníaca comissão. Eu acho que o PSD mal leu o relatório. Agora Sócrates vai ter sobre si a espada de Dâmocles da "mentira". Ou melhor, várias espadas - o oráculo Pereira ouviu as escutas... - que a qualquer momento, mal a crise abrande só um pouquinho, podem juntar-se numa moção de censura, assim as sondagens continuem a apontar.
Afinal, é só uma questão de tempo até PPC ser primeiro-ministro.

P.S.: os patrões de Portugal são de uma originalidade que só compete, no campo oposto, com igual grau de originalidade dos dirigentes sindicais. Os patrões querem baixar salários e despedir à vontade. Os sindicatos querem subir os salários e que ninguém seja despedido!
A tortura dos dois cavalos consistia em amarrar os pés do preso à cauda de um cavalo e os pulsos à cauda do outro cavalo. Depois espantavam-se os cavalos em direcções opostas...  o Rui Pedro diz que experimentou e achou um doce!
Mais difícil é amarrar todo um País pelas extremidades aos dois cavalos, mas se calhar consegue-se...

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