segunda-feira, 1 de julho de 2013

Gaspar, o fantasma futuro?

Já não pode uma pessoa chegar um pouco mais tarde a casa, retida que foi pela indecisão de onde meter gasóleo mais barato - "ali são menos dez cêntimos mas é mais cara de base, por outro lado..." - eis que se vai embora um ministro sem dizer um ai! E que ministro se foi embora! O Vítor Gaspar! E porque foi ele embora? Porque o Tribunal Constitucional não gosta dele, as previsões financeiras não gostam dele, discordando, e o país menos ainda, desempregando-se, não consumindo, etc. Como um bom CEO que se preze, Vítor Gaspar escreve tipo "I got the picture!" e demite-se. Mas Vítor Gaspar não era um CEO mas sim o Ministro de Estado e das Finanças do Governo da República Portuguesa! Pergunto eu: é isto ou era isto a mesma coisa? Revela-se agora o que queria dizer Gaspar quando referiu num comentário à meses que ele não tinha sido eleito. Enganou-se, ou melhor, entendeu mal a coisa. Eleito foi o Governo de que era a segunda figura, a partir de uma base de apoio parlamentar quase esmagadora, nascida de eleições livres em 2011. Eleito sim, e para quatro anos. A sair agora só pode ser porque afinal chegou à conclusão de que os dois primeiros anos tinham sido falhados e não sabia o que fazer nos dois restantes. Mau momento, muito mau momento para descobrir o Sr. Vítor Gaspar que não era talhado para Ministro. O seu espírito de missão, a sua cara séria até à náusea, nunca me enganaram por aí além. Não era um político? Hum.... um bom político não era e, se calhar, nem gente de Bem.
Vai ser Vítor Gaspar uma espécie de novo Ernâni Lopes, a assombrar com má cara o futuro das finanças portuguesas?  Ernâni Lopes caiu quando o Governo de que fazia parte caiu. Do qual não era a segunda figura. Era apenas o Ministro das Finanças e do Plano. Vítor Gaspar nunca teve um Plano.

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