Quando se troika, sistematicamente, uma bomba de gasolina por outra bomba de gasolina a alguns metros de distância, algo deveria ser feito no sentido de estudar as razões mais profundas para a vulgaridade de tal acontecimento.
20 de Agosto de 2011:
Numa delas, a 95 custa 1,305 euros o litro.
Na outra, paga-se 1,579 euros pela mesma quantidade.
Uma fica em Espanha. A outra, em Portugal.
Uma está sempre cheia e com filas constantes.
A outra, sempre vazia.
Creio que, na bomba portuguesa, os pouquíssimos clientes serão, apenas, de dois tipos diferentes:
- os que são apanhados de surpresa pela falta iminente de combustível
e
- aqueles que, por vários motivos (profissionais ou não), não tiram dos seu bolso o valor do abastecimento.
Claro que a troika acaba por ser muito vantajosa para a concorrência espanhola, mas, o que mais impressiona, neste caso tão normalizado, é a nossa política engraçadíssima de preferir não vender, a ter que baixar os preços.
Hum… haverá alguém, neste país, que consiga ganhar com isso?
Nelson Ferraz in “Maia Hoje”, 26.08.2011
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