quarta-feira, 13 de abril de 2011

Thank God For The New York Times...

Saiu este artigo no NYT sobre Portugal, que dá que pensar... Mr. Fishman é, parece-me, demasiado brando com Sócrates e, até, com este meu país. Mas... the rating agencies must be stoped!

segunda-feira, 11 de abril de 2011

uma historia da carochinha

era uma vez um banco que ficou com as pernas podres.

e esse banco, quando estava quase, quase, quase a cair

pediu, implorou, reimplorou que o ajudassem.

ora, havia, por ali, um marceneiro, quase, quase, quase louco

que disse que sim

e ofereceu-lhe toda a madeira necessária

para que o banco não caísse.

depois, o marceneiro montou o seu cavalo

e foi, foi reino fora ao encontro do povo e recolheu impostos, taxas, coimas

e outras ganâncias manchadas que ficaram para durar.

o banco, mais forte e mais sólido

assistiu impassível a todas as inquietudes difíceis do povo

e disse que não aos pedidos e às perguntas dos dias difíceis.

agora, mesmo que o marceneiro, quase, quase, quase louco, monte o seu cavalo

e vá, reino adentro ao encontro das múmias e dos fantasmas

não vai, nunca, conseguir chegar onde quer que seja.

o povo há muito que já não mora aqui

e o banco é, hoje, um cão negro, manco e pulguento

cheio de sarna e de raivas caríssimas

a precisar urgentemente de um bom veterinário

ou, quem sabe, de um canil sem mordomias.


Jornal “Maia Hoje”, 08.04.2011

sábado, 9 de abril de 2011

sexta-feira, 8 de abril de 2011

O que os portugueses aprenderam entretanto?

Nestes vinte anos de enganadora fartura, entretanto, o que aprenderam os portugueses? Eu explico: primeiro, que qualquer lugar é lugar para o "meu todo-terreno", E que o criar das acessibilidades nos passeios para os deficientes dava mesmo jeito...
(à porta da escola da minha filha, agora mesmo).

A primeira declaração de voto - e última!

Há dois, três dias, li num texto da Teresa de Sousa escrito no Público aquilo que, na minha opinião, podia ter sido o comportamento responsável do triângulo interveniente nesta nossa crise: Sócrates, Passos Coelho e Cavaco Silva.
O PEC IV devia ter sido viabilizado - mercado oblige - com os votos de PSD, e com o compromisso assumido de dissolução da Assembleia da República imediatamente após, e eleições. Parece que na Irlanda aconteceu uma coisa assim.
Este compromisso, se bem explicado, iria parecer a todos óbvio, e consensual. Quem dele discordasse seria fortemente penalizado nas urnas. E a Europa que hoje nos governa respiraria aliviada. Poderiamos até eventualmente escapar a Strauss-Kahn, que é como quem diz, ao FMI.
A cegueira tripartida, socialista, socialdemocrata e cavaquista, tramou-nos e bem. O FMI é, apenas e só, apertar (mais ainda) o cinto aos mesmos. Não compete ao estrangeiro vir a Portugal fazer a decapagem dos "jobs for the boys", desenganem-se. Strauss-Kahn pode ser socialista em França, mas no FMI para nada o é.
Sócrates, por outro lado, já sabemos, é o que é. Mas Pedro Passos Coelho também não sai bem nesta fotografia. Não é figurante para ser figura de um Estado que se quer digno. O nosso, por ex. A gula pelo poder, as musas neoliberais, a tentação de vender mais Portugal como se venda de garagem fosse, falaram mais alto. Este PSD em maioria absoluta - que não vai acontecer - daria que falar, e anularia o CDS por desnecessário...
Finalmente, Cavaco Silva. A ultima vez que teve um pensamento original e útil a este país foi... bom, na verdade não me lembro quando foi. A sua irrelevância confirma-se. O seu lugar na história adivinha-se cada vez mais.
Falei não há muito tempo do bloco central PS/PSD. Não estava a falar nem deste PS nem deste PSD.

Estamos bem arranjados!

sábado, 2 de abril de 2011

Zapatero se va.

São texto como este que fazem do El Pais um grande jornal.

It's the economy, stupid!

Porque desce o PSD? Porque o português vota com o bolso, e já todos percebemos para onde irá o nosso subsídio de férias...
Embora  o PPC o negue...