segunda-feira, 31 de outubro de 2011

O jogo


Não faz qualquer sentido esta tormenta, constante, que atropela a sobrevivência difícil das empresas portuguesas.

O governo, os Bancos e a Europa deveriam ser responsabilizados por terem deixado ao abandono quase todas as hipóteses de sucesso que um grande número de indústrias e de comércios tenta - apesar de todas as dificuldades – alcançar.

Este abandono é um acto criminoso, subsidiado, de forma estúpida, por uma opinião intelectualmente derrotista e com duvidosos alicerces democráticos. Até quando vai durar é a única e amarga incerteza já que a neblina da ignorância e do despotismo, que atracou nestas paragens, é espessa, irredutível e orgulhosa.

Sob o manto de uma crise que afecta, particularmente, quem trabalha e quem quer trabalhar, as pessoas (empregadores e empregados) são repetidamente conduzidas ao desânimo, à desistência e à falta de alternativas para ultrapassar esta situação de impasse e de loucura.

Crises, raitings, troikas, défices, dívidas, juros, economias, estão a vencer este jogo em detrimento dos projectos, dos empregos, do desenvolvimento, da sustentabilidade, da inovação, do investimento e sobretudo… das pessoas.
Será do treinador?

domingo, 30 de outubro de 2011

miséria lusitana



um país que não presta para nada
cheio de coisas que não prestam para nada
e onde nada tem qualquer valor
para acrescentar a esta vida monótona e sacrificada
de milhares e milhares de portugueses
que não servem para nada se não pagarem impostos…

é assim o panorama o drama
a trama repetida desta geringonça que não funciona
sem cunhas roubos corrupções e vigarices esburacadas
plenas de políticos sem política
nem escrúpulos

não há um fim à vista que desarme
esta mina meticulosamente colocada
nas cabeças cansadas deste povo ordeiro
ordenhado mil vezes em cada dia
desesperado de crise

e é de crise esta mania louca
de colocar rádios televisões jornais e outras
merdas que tais
a falarem sempre sempre sempre
repetidamente
de misérias que irão até ao ano
de dois mil e quinhentos


tenham vergonha
e respeito
e calem-se.

sábado, 22 de outubro de 2011

Os "missionários públicos".

Agradecendo a um Cafeínico, aqui deixo este link.

domingo, 16 de outubro de 2011

Waking up into a Nightmare.

Finalmente Pedro Passos Coelho e Vítor Gaspar explicaram-me a coisa tintim por tintim: o problema de Portugal resume-se a que eu ganho demasiado! É isso, pagam-me demasiado! Para que o enterro seja tão extenso e tão intenso, o equívoco já deve durar há muito tempo, eu devo ganhar demais há muitos anos! Bolas, eu juro que não sabia! Quem me conhece sabe que eu sou um gajo honesto. Bolas! Um tipo fecha-se no seu trabalho, na família, e depois perde as referências...
Enfim, peço desculpa, eu peço muita desculpa. Acho que não vai voltar a acontecer NUNCA MAIS!

Mas...

Houve uma frase numa t-shirt dum manifestante que "did ring a bell"...


"Eu não preciso de sexo, o estado fode-me todos os dias!"


Extenuante!

15 de Outubro.

Hoje houve manifestações aqui e ali. Respeito para quem foi. A Praça da Batalha é um sítio giro. A sua assimetria torna-a o espaço público mais descontraido da cidade do Porto. Que eu saiba não é a morada de José Sócrates nem de Mário Lino, Fernando Santos, Vítor Gaspar, Álvaro Santos Pereira, Alberto João Jardim, José Manuel Durão Barroso, enfim, os culpados. Em  Lisboa a manifestação foi em São Bento. Ah, mas ali não mora o Américo Amorim.

Quanto vale aquilo que eu faço?

Não me parece que aquilo que eu faço como trabalho estivesse a ser remunerado em excesso, assim como uns 30% a mais...

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Afinal quem ganhou?


De vez em quando, ouvem-se coisas fantásticas como, por exemplo, histórias sobre regiões que são autónomas, separatistas, independentes e que, ao mesmo tempo, buscam de outras gentes de outras regiões (centrais), os materiais financeiros para os seus desígnios gastadoiros com que se pavoneiam, década após década, em nome de uma monarquia quixotesca.

Só que um dia, alguém se lembra de dizer que o rei, afinal, não vai nu porque, simplesmente não existe rei, nesse tipo de paragens.
Foi o que, de certa forma, aconteceu antes desta eleições da Madeira.

No entanto, o povo, chamado a escolher, prestou, mais uma vez, vassalagem a um tipo muito peculiar de governo que, muito para lá do défice financeiro que foi fomentando, desenvolveu um outro – bem mais preocupante – relacionado com o pluralismo político e social que devem assistir qualquer exercício de poder.

No fundo, não me parece que o povo tenha culpa destas situações que se prolongam, até porque, é notória a infindável influência do doutor Jardim no quotidiano de muitas famílias. E isso explica uma boa parte destes resultados.

Mas, daqui para a frente, talvez haja um despertar cadenciado de consciências, bem no interior de tais cortes tão homogéneas no acatar das repetidas carências de transparência social.

Se assim for, quem ganhou, afinal, perdeu. E todos os outros, mesmo os que votaram a continuidade, poderão considerar-se parte da vitória.



Nelson Ferraz  in “Maia Hoje”, 14.10.2011

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

A Madeira e o Jardim.

Estas eleições que AJJ ganhou vão talvez permitir que se faça história. Ou seja: se o Gaspar (Vitor) está a cortar-nos as unhas rentes pela 1ª falange, como não fazê-lo também à Madeira?
Daqui depende talvez, repito, como ficará o Gaspar (Vitor) nesta nossa não sei se só triste História...

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

O que eu queria mesmo...

Acabo de chegar de uma de várias viagens exploratórias à zona de Cedofeita. Cedofeita é das zonas mais vivas e mutantes do Porto. Eu gosto. Fica ao lado de Miguel Bombarda mas... não é Miguel Bombarda. Fica logo acima do chato do Património da Humanidade mas... não é Património da Humanidade. Ora não é que já vi grafitada a cara do Vitor Gaspar nas paredes - com muita estilo, concedo - agarrada à frase "paga e cala!"? A mim já me parecia que tardava o transformar-se o nosso "chamorro" ministro num ícone pop, ou isso! Pois.
Vamos fazer assim: eu pago, e eu calo! Masssssssss depois de ver na prisão o Dias Loureiro e o Jorge Coelho, ok?
Até lá...